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11h47

Uma Nova AMB para os médicos do Brasil

Gestão 2021-2023, da Associação Médica Brasileira, toma posse em solenidade híbrida. Valorização dos médicos, respeito e apoio à ciência, compromisso com os pacientes, assim como a importância da união das entidades, são marcas comuns das intervenções

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O anseio de mudanças e de valorização dos médicos brasileiros – registrado claramente nas eleições de 2020 da AMB – também deu o tom à cerimônia de posse da diretoria 2021-2023, realizada de forma híbrida na noite de 8 de janeiro.

Foi consenso, da mesma forma, a importância da união das entidades associativas, conselhais e sindicais, para a viabilização de demandas como a valorização do exercício profissional e condições adequadas para uma assistência de qualidade aos cidadãos.

Mais de 300 médicos das diversas regiões do País acompanharam a cerimônia, quase a totalidade virtualmente. Em mesa solene, à sede da Associação Médica Brasileira, em São Paulo, estavam César Eduardo Fernandes, o novo presidente da AMB, Miguel Roberto Jorge representando a antiga diretoria, e José Luiz Gomes do Amaral, presidente da Federada anfitriã, a Associação Paulista de Medicina.

Os presidentes do Conselho Federal de Medicina, Mauro Luiz de Britto Ribeiro, da Federação Nacional dos Médicos, Gutemberg Fialho, da Associação Nacional de Hospitais Privados (Anahp), Eduardo Amaro, e da Academia Nacional de Medicina, Rubens Belfort Júnior, e o ex-presidente da AMB, Eleuses Vieira de Paiva, completaram a mesa diretora, a distância. 

Ciência e responsabilidade

Ao abrir os trabalhos e a palavra, César Eduardo Fernandes acentuou que a coesão dos médicos é indispensável para a entrega de boa assistência à população e ao exercício da Medicina.

“É natural divergir em algumas ideias. Praticar o contraditório é enriquecedor, salutar. Mas precisamos estar unidos sempre. No que me diz respeito, farei todo o possível para que isso aconteça. Essa é uma das prioridades da AMB.”

Miguel Jorge, ex-presidente imediato da Associação Médica Mundial (WMA), iniciou sua intervenção, parabenizando a nova diretoria. Em seguida, destacou a dedicação das entidades por medicina de qualidade, por estrutura suficiente ao qualificado atendimento dos pacientes e por saúde de nível elevado aos brasileiros. Mencionou a crise sanitária e a relevância de combatê-la à luz do conhecimento científico

O presidente do CFM, Mauro Luiz de Brito Ribeiro, foi uma das vozes a ponderar sobre a urgência de unir todas as representações médicas, para a implantação de políticas públicas consistentes em saúde e para atuar em prol das bandeiras médicas. Depois, cumprimentou César Fernandes em clima de descontração:

“Admiro sua coragem, César, de assumir uma entidade médica neste momento em que enfrentamos a mais severa crise sanitária da história moderna. Devo confessar que as coisas não estão fáceis, então, nos resta como único caminho trabalharmos juntos”.

A coesão do movimento médico foi igualmente foco do presidente da Fenam, Marcos Gutemberg Fialho da Costa: “Só assim seremos eficazes no enfrentamento das políticas públicas adversas. É mister também lutar pelo nosso maior sonho: a chegada da Medicina aos rincões deste País, com a implantação da carreira médica de Estado”.

Por sua vez, o presidente da Academia Nacional de Medicina, Rubens Belfort Júnior, frisou que cabe à AMB a responsabilidade de liderança legítima da Medicina do Brasil.

“Lado a lado da AMB e de todas as lideranças, continuemos empenhando esforços para melhorar a assistência.”

Ética e compaixão

A José Luiz Gomes do Amaral, na condição de presidente da Associação Paulista de Medicina (APM) – a anfitriã da solenidade de posse – ficou a missão de representar as demais Federadas da Associação Médica Brasileira. Em sua exposição, ele lembrou que, nesse 2021, a AMB completa 70 anos em prol da Medicina.

“Nossa profissão une compaixão, ciência e ética, três pilares da melhor atividade que até hoje a sociedade humana conseguiu organizar”, frisou, Amaral, que também é presidente da Academia de Medicina de São Paulo (AMSP), emendando: “Sobre o Professor César Eduardo Fernandes e sua Diretoria, só posso enfatizar que são pessoas boas e, sobretudo, de elevadíssima integridade ética”.

O ex-presidente da Associação Médica Brasileira, Eleuses Vieira de Paiva, foi outro orador a tratar da inadiável coesão entre as entidades médicas. Registrou ter a convicção de que César Eduardo Fernandes e a nova diretoria serão exitosos em tal missão:

“Este grupo certamente protagonizará iniciativas importantes para a Medicina e para a sociedade brasileira”.

O desejo de trabalhar em prol de uma Medicina melhor, com o apoio da

AMB norteou a declaração de Eduardo Amaro, presidente da Anahp, que foi sucedido por manifestação de Luciana Rodrigues Silva, a nova vice-presidente da Associação Médica Brasileira.

“Essa solenidade traduz a disponibilidade de mudar. A nossa missão é comum: lutar pela valorização dos médicos do Brasil e qualificar o atendimento aos pacientes. Somos homens e mulheres comprometidos, acima de tudo, com a vida”.

Pela nova diretoria, ainda ocuparam a palavra Jurandir Marcondes Ribas Filho, Agnaldo Lopes da Silva Filho, José Fernando Macedo, Luciano Gonçalves de Souza Carvalho e José Eduardo Lutaif Dolci. Este último, aliás, resumiu o sentimento generalizado da solenidade:

“Nossa missão é promover o reencontro da classe médica com a AMB.

Vamos encher o peito e falar, Eu sou AMB”.

Encerrando os trabalhos, César Eduardo Fernandes teve, então, seu primeiro discurso como presidente da Associação Médica Brasileira. Ele enfatizou outra vez a necessidade de as entidades caminharem lado a lado, com pautas comuns em benefício de cidadãos e médicos. Também nominou e agradeceu a cada um dos membros da diretoria eleita.

“Sou um afortunado, porque por onde passo sempre me vejo ladeado por médicos de alta estatura ética, compromissados e proativos. Este grupo não é diferente, certamente fortalecerá o movimento associativo. Temos de procurar juntos um novo modelo para o movimento associativo, o que envolve as federadas, sociedades de especialidades e a AMB, vamos nos debruçar sobre isso. A meta é avançar.”

 

Diretoria eleita AMB 2021-2023

Presidente: César Eduardo Fernandes (SP)

1ª Vice-presidente: Luciana Rodrigues da Silva (BA)

2º Vice-presidente: Jurandir Marcondes Ribas Filho (PR)

Vice-presidente Norte: Mariane Cordeiro Alves Franco (PA)

Vice-presidente Nordeste: Roque Salvador Andrade e Silva (BA)

Vice-presidente Centro-Oeste: César de Araújo Galvão (DF)

Vice-presidente Sudeste: Agnaldo Lopes da Silva Filho (MG)

Vice-presidente Sul: Oscar Pereira Dutra (RS)

Secretário-geral: Antônio José Gonçalves (SP)

1ª Secretária: Maria Rita de Souza Mesquita (SP)

1º Tesoureiro: Akira Ishida (SP)

2º Tesoureiro: Lacildes Rovella Júnior (SP)

Diretor de Relações Internacionais: Carlos Vicente Serrano Júnior (SP)

Diretor Científico: José Eduardo Lutaif Dolci (SP)

Diretor de Defesa Profissional: José Fernando Macedo (PR)

Diretor de Atendimento ao Associado: Carlos Alberto Gomes dos Santos (ES)

Diretora Cultural: Rachel Guerra de Castro (MG)

Diretor Acadêmico: Clóvis Francisco Constantino (SP)

Diretor de Assuntos Parlamentares: Luciano Gonçalves de Souza Carvalho (DF)

Conselho Fiscal

Titulares

José Carlos Raimundo Brito (BA)

Luiz Carlos João (SP)

Nerlan Tadeu Gonçalves de Carvalho (PR)

Suplentes

Francisco José Rossi (DF)

Juarez Monteiro Molinari (RS)

Márcia Pachiega Lanzieri (SP)

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