Um dos projetos é o desenvolvimento de um escore para se determinar a probabilidade do diagnóstico do coronavírus ainda na emergência com base nos achados sintomas e exames de imagem. “Para muitos desses pacientes você precisa decidir se ele será internado em uma unidade Covid-19 ou não antes de ter o resultado do exame do RT-PCR. Nós estamos trabalhando em um escore em que dados clínicos e resultados dos exames de imagem possam ajudar o médico nessa decisão”, explica o coordenador do estudo, o cardiologista Luiz Ritt.
“Estamos estudando também o papel da tomografia no diagnóstico desses pacientes, além também de análise de fatores de risco e evolução clínica”, completa o médico que lidera o Centro de Estudos do Cárdio Pulmonar.
Hoje, o estudo conta com um banco com mais de 1.200 casos catalogados entre pacientes Covid-19 e não-Covid. “Então, dessa forma, a gente pode comparar o grupo em que realmente se confirmou e aquele que não estava positivado para a doença. Assim, é possível entender melhor as características clínicas e a evolução desses grupos”, pontuou Luiz Ritt, completando que “é um banco de dados bem robusto e está nos trazendo informações clínicas importantes para os cuidados com esses pacientes”.
Estudo
O registro clínico em pacientes em Covid-19 (RECOVID-BA) é conduzido pelo Centro de Estudos Clínicos do Hospital Cárdio Pulmonar em parceria com a Escola Bahiana de Medicina. Além do Cárdio Pulmonar, outros hospitais na capital e no interior compõe a rede de centros colaboradores a fim de ter um panorama local relacionado aos casos de Covid-19, entre eles o Hospital da Cidade, Hospital Emec, de Feira de Santana, e o Hospital São Roque, em Ipiaú.
Além de Luiz Ritt, o cardiologista e diretor médico e de Qualidade do HCP, Eduardo Darzé, o infectologista e gestor de prática médica Alan Neves, o pneumologista Marcel Albuquerque, a coordenadora de pesquisa Queila Borges e alunos da graduação da Escola Bahiana de Medicina compõem a equipe local do estudo.