A Associação Médica Brasileira (AMB) fez uma denúncia à Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) nesta quinta-feira sobre o uso de aplicativos para consultas a distância.
Em nota, a AMB classificou como “arriscada e irresponsável a utilização de ineficientes mecanismos artificiais para substituir a relação [entre] médico e paciente, principalmente nas fases iniciais de diagnóstico”.
Segundo a AMB, a prática de telemedicina, sem a devida regulamentação, “coloca os pacientes em situação de vulnerabilidade, pois sacrifica o exame clínico presencial, parte fundamental de uma consulta médica”.
A denúncia da AMB é feita dias depois de Amil e Hospital Albert Einstein anunciarem que estão começando a oferecer consultas médicas virtuais para 180 mil usuários do plano de saúde Amil One, para clientes de alta renda, com possibilidade de expandir a outras modalidades.
O Valor publicou ontem que a americana Teladoc, uma das maiores empresas globais de telemedicina, está acompanhando de perto os desdobramentos da iniciativa entre Amil e Einstein.
Na nota, a AMB ressaltou que a incorporação de novas tecnologias à medicina é um caminho sem volta e que pode ser muito positivo, desde que disciplinado por diretrizes responsáveis com foco no fortalecimento da relação entre médico e paciente e para auxiliar a vencer os desafios atuais da medicina.