Em nome dos médicos brasileiros, a Associação Médica Brasileira (AMB) parabeniza Jair Messias Bolsonaro pela vitória nas eleições para a Presidência da República. O resultado do pleito mostrou o anseio da nação por uma mudança que honre nosso País, por democracia, por transparência e por alternância no poder.
O desafio agora é colocar em prática as promessas de campanha e viabilizá-las. Muitas delas estão em consonância com o que pensa e propõe a AMB há muito tempo.
A Carreira de Médico de Estado, por exemplo, é fundamental para levarmos bons médicos para os locais de difícil provimento. Também é crucial para a saúde da população que ela seja atendida por médicos bem formados no Brasil ou no exterior. Por isso, seu compromisso em tornar o Revalida obrigatório é tão bem visto pela medicina brasileira, que também apoia fortemente a criação do Exame Nacional Obrigatório de Proficiência em Medicina para os médicos formados no País. O exame é a única forma de evitar que as escolas caça-níqueis prejudiquem ainda mais o atendimento ao cidadão, principalmente aquele que depende do sistema público e não pode escolher os profissionais que lhe dão assistência.
Já existe legislação específica para fiscalizar e punir as escolas médicas que não atendem aos padrões exigidos para que funcionem e formem bons médicos, mas infelizmente, nunca houve vontade e coragem para enfrentar os interesses políticos e econômicos dos que se beneficiam da abertura indiscriminada de escolas de medicina.
Da mesma forma, compartilhamos sua indignação a respeito do envio de quase 16,5 bilhões reais para Opas e para a ditadura cubana. Recursos em volumes maiores do que o Ministério da Saúde efetivamente executa na rubrica de investimentos na saúde, conforme SIAFI: menos de 2,9 bilhões de reais em 2017. O sistema que já é subfinanciado, fica mais sucateado. O ambiente caótico e mal gerido oportuniza o surgimento de mais corrupção. Contamos, Excelentíssimo Presidente, com sua determinação contra este grande mal, que também afeta esta importante área da saúde brasileira.
A valorização da educação médica continuada, com atualização de quem já está no mercado, também precisa ser uma bandeira na área da saúde. Assim como a especialização médica, não só nas áreas de altíssima complexidade e urgência, mas também na atenção básica à saúde, onde podemos resolver até 80% dos males que atingem a população.
A saúde é o segundo maior orçamento do governo federal. Por isso mesmo é sempre disputada avidamente na hora do loteamento político da máquina pública. O resultado disso são as filas, a ineficiência, a falta de remédios e de leitos, os escândalos de corrupção e o pior de tudo: as mortes evitáveis.
As agências reguladoras da saúde também foram aparelhadas e hoje trabalham em prol dos interesses de oligopólios, em prejuízo do paciente e do médico. É preciso desregulamentar o setor, garantindo novos investimentos, inovação e competição.
Por estarem na linha de frente da saúde, os médicos têm sido escolhidos como bode expiatório do sistema, como se fossem os culpados por todas as mazelas da saúde pública. Há uma grande esperança de que este quadro mude e que o médico brasileiro volte a ser valorizado e respeitado. O loteamento político e as preferências ideológicas não podem mais influenciar a condução do Ministério da Saúde e das agências reguladoras.
Sabemos que reorganizar e reconstruir o que foi sucateado pelos governos anteriores não serão tarefas fáceis. Mas, tenha certeza de que poderá contar com os médicos brasileiros para isso. Conte com a Associação Médica Brasileira (AMB), com as 27 Federadas da AMB e com as 54 Sociedades de Especialidade que compõem o nosso sistema.
Foi confiada à Vossa Excelência a condução de nosso País a um novo patamar. Como cidadãos e como médicos, faremos a nossa parte para ajudar nesse sentido. Desejamos muita saúde e sucesso nesta caminhada. Boa sorte. Bom governo. O Brasil precisa disso.
Diretoria da Associação Medica Brasileira