Com a destruição do Museu Nacional, se perde imenso patrimônio cultural e científico e o próprio nascimento da pesquisa e da ciência brasileira.
Lastimável e sem a possibilidade de uma justificativa a história nacional foi queimada, com a perda de grande parte do acervo, ainda em avalição do impacto.
Só poderemos entender o futuro e o presente, se, exaustivamente, forem observados os erros e acertos do passado… Por isso não podemos admitir uma justificativa para uma tragédia imensurável.
A memória esquecida chora, por meio do fogo!
Precisamos entender que em todas as áreas do conhecimento humano, o tratamento da forma e o motivo condutor das prioridades, faz toda a diferença…
Somos eivados, no Brasil, de personas despreparadas e sem o refinamento do “expert”, assumindo os postos mais importantes… O periférico jamais poderá entender as nuances, os caminhos e descaminhos, construídos pelo passado!
O alagoano Ladislau Netto, com o auspicio de Dom Pedro II, fez do Museu Nacional, o esteio da base cientifica nacional, por lá teve inicio o ambiente da pesquisa, com critério de escola. Ladislau, posiciona no museu, os melhores pesquisadores do mundo, a exemplo de Hart …
Perde o mundo e o Brasil um símbolo maior. Da tragédia tem que florescer o espírito altivo da indignação e do combate ao despreparo e descaso para com o patrimônio material e imaterial do Brasil.
Lincoln Lopes Ferreira
Presidente da Associação Médica Brasileira
Fernando A. Gomes de Andrade
Diretor Cultural da Associação Médica Brasileira