Um dos temas tratados na reunião de ontem, 08 de fevereiro, com o Ministro da Saúde Ricardo Barros, na sede da Associação Médica Brasileira (AMB), em São Paulo, foram os problemas de subfinanciamento da saúde. Estiveram presentes na reunião, além de diretores e do presidente da entidade, Florentino Cardoso, presidentes das Sociedades de Especialidades e Federadas da AMB.
No encontro, o ministro reafirmou a disposição para contribuir em projetos de Estado para área da Saúde. Ressaltou o papel, como engenheiro, de dar aos médicos brasileiros condições adequadas de trabalho (insumos, equipamento e estrutura) para que a população possa ter acesso à saúde de qualidade.
Dentre as perguntas feitas pelos médicos presentes, um dos destaques foi a preocupação com atrasos nos pagamentos dos salários, situação que chega a níveis críticos, com mais de seis meses de atraso, em algumas cidades, apesar de receberem os recursos do ministério em dia. Em resposta, o ministro afirmou que o sistema de pagamentos e transferência de recursos para os municípios vai mudar. “Hoje, no SUS, o dinheiro é repassado, o que for feito está feito, ninguém tem que prestar contas, não tem responsabilidade, mas passará a ter” afirma o ministro. Ricardo Barros afirmou que exigir a comprovação de pagamento dos serviços prestados vai ser um dos mecanismos de controle dos parceiros do SUS.
Ainda segundo o ministro, no modelo de descentralização dos recursos o Ministério da Saúde repassa 80 bilhões para estados e municípios executarem os serviços de saúde. A crise dos estados e municípios provocam distorções que afetam o sistema e os profissionais. Os estados e o municípios que não repassarem os recursos que recebem adequadamente também terão que ser responsabilizados. Hoje não há ônus para nada, explicou Ricardo Barros.
Florentino Cardoso, presidente da AMB, ressaltou a disposição da entidade para trabalhar em prol de políticas de Estado para melhorar a saúde, medicina e o médico. Também reafirmou o apoio a medidas que ajudem o SUS a ser mais eficiente e transparente, condição fundamental para melhorar a utilização dos recursos e consequentemente a qualidade dos serviços à população. “Que consigamos trabalhar cada vez mais em conjunto, pensando em conjunto, para oferecer o que temos de melhor para a população”, afirmou o presidente.