A campanha, da Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia (SBOT), Carnaval sem Traumas foca neste ano o perigo dos motoristas em dirigir após consumir bebidas alcoólicas. O alerta é significativo já que, no ano passado, 65% dos acidentes de trânsito durante o Carnaval tinham envolvimento de motoristas embriagados.
O slogan da campanha é "Álcool no volante: uma dupla que não dá samba" e a SBOT imprimiu milhares de cartilhas informativas que serão distribuídas por todo o país. O folheto lista 'os mandamentos do folião nota 10' que são: respeitar as normas de trânsito, os pedestres e demais motoristas, ficar atento ao volante, rever os itens de segurança antes de uma viagem, utilizar os equipamentos de proteção, como capacetes e cinto, transportar as crianças adequadamente no banco de trás, não ultrapassar os limites de velocidade e não dirigir depois de beber.
"Se beber, passe o volante para um amigo que não tenha consumido bebidas alcoólicas ou pegue um transporte público, ônibus ou táxi", orienta o coordenador de Campanhas Públicas da SBOT, Miguel Akkari.
A Cartilha ainda informa uma série de mitos e verdades relacionadas ao consumo de álcool. "O café é um forte estimulante, por exemplo, mas não altera em nada a embriaguez", explica o diretor da SBOT, Paulo Lobo. O ortopedista ressalta que outro mito, como o banho gelado. "Ele só desperta mas não corta o efeito do álcool". Outra inverdade é o poder de medicamentos para eliminar o álcool do organismo. "Isso jamais existiu", completa Paulo Lobo.
Para o presidente da SBOT, Luiz Antônio Munhoz da Cunha, o folião tem que agir com responsabilidade para não colocar a própria vida, de familiares, de amigos e da sociedade em risco. "Seja cauteloso para não se arrepender. Lembre-se de estar bem para os outros carnavais", concluiu.
Celular também é um risco potencial - Uma pesquisa da SBOT revelou que o celular é extremamente perigoso quando utilizado pelo motorista. Em São Paulo e no Rio de Janeiro, 84% dos motoristas admitiram usar o telefone ao volante. "Dirigir e falar ao celular aumenta em quatro vezes o risco de um acidente e digitar mensagens é ainda pior: eleva em 23 vezes a possibilidade de uma colisão ou atropelamento", destaca o coordenador de Campanhas Públicas da SBOT, Miguel Akkari. O alerta da utilização inadequada do celular também está na Cartilha.