O secretário de saúde do Estado da Bahia, Fábio Vilas-boas, convidou as entidades médicas para discutirem duas importantes questões em seu gabinete, na noite de terça-feira, 21/07. O encontro, que contou as presenças do conselheiro-tesoureiro do Cremeb, Dr. José Augusto Costa, o vice-presidente da ABM, Dr. José Márcio Maia, O presidente do Sindimed, Dr. Francisco Magalhães e o superintendente de Atenção Integral à Saúde, Mateus Simões, teve como pauta os cortes de insalubridade e as endemias de dengue, chikungunya e zika.
O secretário justificou que o corte é uma ordem do Estado e que é a Secretaria de Administração do Estado da Bahia (Saeb) quem deixa de pagar esse benefício. O trabalho da Sesab foi o de realizar um levantamento dos profissionais que recebiam a taxa de insalubridade e apontar os casos daqueles que recebiam sem ter o direito. Ele explicou que muitos profissionais recebiam o benefício como forma de compensação salarial, mas essa prática é ilegal e, a partir de então, só quem receberá a taxa é o profissional que, comprovadamente, trabalhar em local insalubre.
Quanto a isso, o Cremeb não apresentou reivindicações. “Se é um pagamento ilegal, o Cremeb não tem como defender a permanência”, afirmou o conselheiro José Augusto. O Sindimed trouxe a proposta de que seja dada aos médicos a opção de trabalhar em local insalubre a fim de não perderem esse benefício.
O outro ponto de discussão foi as endemias de dengue, chikungunya e zika, transmitidas através do mosquito aedes aegyipti. As três doenças já possuem índices agravantes no Estado e o secretário, junto com o governador do Estado, Rui Costa, iriam se encontrar com o Ministro da Saúde, Arthur Chioro. O objetivo do encontro é angariar recursos para o tratamento das endemias.
As entidades médicas pediram que a secretaria reforçasse a campanha de prevenção ao mosquito e tratamento das doenças. O secretário, então, convidou o subsecretário de saúde, Dr. Roberto José da Silva Badaró, e o assessor de comunicação da secretaria para integrarem a reunião e apresentarem o que está sendo feito para atingir a população.
Dr. Badaró explicou o projeto de levar a prevenção a essas doenças para as escolas públicas do Estado. Eles vão produzir livros, desenhos, produzir material didático e treinar os professores. “O projeto pede legislação, aprovação, mas vai valer a pena porque a criança vai começar a educar os pais”, afirmou o especialista.
Visando a comunidade médica, o doutor explicou que menos de 10% dos médicos têm conhecimento sobre Guillain-Barré e eles pretendem promover seminários, palestras e levar materiais para exibição e distribuição nos eventos médicos. As entidades de saúde apoiaram a iniciativa e aceitaram contribuir para divulgação da campanha.
Em relação à mídia, o assessor afirmou que contataram diversos veículos de comunicação que já estão divulgando materiais e realizando suas próprias campanhas de conscientização. Eles já têm material para circulação nas redes sociais e também um jogo gratuito, disponível para smartphones, como iniciativa de disseminação do conhecimento sobre as doenças.