O deputado federal Mandetta (DEM/MS) presidiu nesta quinta-feira (11/6), a primeira audiência pública da Subcomissão Especial da Carreira Médica, em que as entidades da sociedade civil ligadas à formação e à carreira médica apresentaram as suas propostas para definir um Marco Regulatório da profissão de Medicina.
Estiveram presentes na audiência o Secretário-Geral da Associação Médica Brasileira (AMB), Dr. Antônio Jorge Salomão, o Diretor de Assuntos Jurídicos da Federação Nacional dos Médicos (FENAM), Dr. Eglif de Negreiros Filho e o Presidente da Associação Nacional de Médicos Residentes (ANMR), Dr. Arthur Danila.
O Dr. Antônio Salomão da AMB criticou a falta de controle na abertura de tantas faculdades de Medicina no país. “Não é abrindo novas escolas ou prestigiando cidades que não tem corpo docente que vamos melhorar a qualidade dos médicos, se isso for adiante vamos formar médicos de segunda classe”, declarou.
Segundo o doutor Arthur Danila da ANMR, existem cerca de 252 cursos de Medicina em todo o país. “O Brasil conseguiu atingir a marca do país com mais faculdade de Medicina do mundo e a evasão dos médicos é muito baixa. É preciso mudar esse cenário porque isso prejudica a formação dos médicos e diminui a qualidade no serviço prestado a sociedade”, informou.
Para o doutor Eglif de Negreiros da FENAM, o maior problema está na má gestão da saúde pública. “Os gestores estão tratando os médicos como se fossem escravos, os médicos hoje são obrigados a cumprir carga horária de minutos, enfim as regras mudam a todo o momento e na cabeça de gestores de Base”, criticou.
Ao final, o deputado Mandetta considerou todas as criticas e propostas pertinentes e informou que na próxima semana será feita uma audiência pública com os órgãos do governo federal. “Ficou claro que precisamos regulamentar os critérios de abertura de faculdade de Medicina em nosso País e definirmos uma infraestrutura mínima para que os residentes possam colocar em prática a sua futura profissão”, concluiu o parlamentar