É nítida a batalha do Governo pelo aumento do número de escolas médicas. O Brasil possui hoje 247 instituições públicas e privadas, que oferecem anualmente perto de 22 mil vagas, número superior ao de países como China e Estados Unidos.
Os cursos são criados até mesmo sem ter as adequadas condições de funcionamento (estrutura física e corpo docente qualificado, por exemplo). São diversos casos denunciados pelos alunos que sentem-se enganados, e mesmo assim, a estrutura permanece precária.
Utilizar critérios para habilitar cidades a fim de receber Cursos de Medicina vai colocar em risco a saúde das pessoas, pois não formarão adequadamente. Cidades escolhidas nesse momento, não tem as mínimas condições, porque nem saúde de qualidade ten. Quantas escolas médicas quer o Governo? Por que não ampliar vagas nas boas escolas existentes, quer públicas ou privadas.
Tem sido amplamente demonstrado que a falta de profissionais se deve especialmente à má distribuição dos médicos entre regiões, cidades. Desigualdades de acesso e qualidade entre o sistema público e privado, não se resolverá com mais vagas e com novos cursos. O governo federal preocupa-se com a quantidade, sem a necessária observância à qualidade na formação médica. Já sabíamos que a saúde não é prioridade para o Governo, agora também comprovamos que a educação também não é, mesmo como a enganosa propaganda da “Pátria Educadora”.