No dia 11 de fevereiro, a Associação Médica Brasileira esteve presente no Simpósio Programa Mais Médicos, realizado na Universidade Federal de São Paulo (Unifesp). O evento contou com a participação da comunidade científica, estudantes de cursos de saúde, gestores e trabalhadores do SUS.
O encontro aconteceu durante todo o dia com o objetivo de debater a assistência à saúde no Brasil, a partir do programa, analisando o atual panorama de sua implantação. A AMB esteve representada pelo diretor de defesa profissional, Emilio Zilli, pela gerência executiva e pelo jurídico.
Um dos temas discutidos foi a prioridade dos médicos brasileiros na participação do programa. Segundo Zilli, só isso não é suficiente. “O governo está tentando legitimar o programa por meio de uma inserção maior de médicos brasileiros, mas que, na realidade, ainda resta um trabalho muito grande a se fazer além da presença física dos profissionais, principalmente na qualificação do atendimento. O sistema só vai funcionar com a adesão das entidades médicas e do profissional médico brasileiro, quando passarem a acreditar na intenção do governo pela melhoria real da qualidade assistencial da saúde. Além disso, o sistema de monitoramento não é válido, em nossa opinião, a partir do momento em os monitores não são apresentados como qualificados para tal função”.
Na mesa de abertura estiveram presentes Soraya S. Smaili, reitora da Unifesp; Vinicius Ximenes Muricy da Rocha, diretor de Desenvolvimento da Educação em Saúde da Secretaria da Educação Superior, representando o Ministro da Educação, Cid Gomes; Hêider Aurélio Pinto, secretário de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde, representando o Ministro da Saúde, Ademar Arthur Chioro dos Reis; Antonio Carlos Lopes, diretor da Escola Paulista de Medicina (EPM/Unifesp); Mauro Gomes Aranha Lima, vice-presidente do Conselho Regional de Medicina dos Estado de São Paulo (Cremesp); José De Filippi Júnior, secretário da Saúde do município de São Paulo; Joaquín Molina, representante da Organização Panamericana de Saúde no Brasil; e Raúl Bonne Hernández, presidente da Associação dos Docentes da Unifesp (Adunifesp).