Ação ocorreu na Associação Bahiana de Medicina (ABM) durante todo o sábado (18)
Mais de 300 pessoas foram atendidas neste sábado, na ABM, durante o Mutirão para prevenção de doenças pulmonares. Foram registradas aproximadamente 40 indicações de exames de espirometria e realizados cerca de 50 exames de peak flow (espirometria mais simples), para avaliar a capacidade respiratória dos pacientes. Parte dos atendidos foram encaminhados para realização de outros exames pelo SUS.
A desempregada Carla Virgínia Regis dos Santos foi à ABM e realizou o exame de espirometria, já orientada pela médica que a acompanha. “Ela me pediu pra fazer esse exame e eu não tinha condições de fazer particular. O preço varia de R$150 a R$200. Soube pela imprensa do mutirão, e vim porque não estava conseguindo fazer pelo SUS. Por isso foi uma ótima oportunidade ter vindo aqui”. Ela conta que já sofreu uma crise de asma há muitos anos, mas o problema retornou há pouco tempo. “Pra mim foi um exame muito bom. Gostei muito; agora é só aguardar o resultado. A médica que me atendeu aqui vai dar uma olhada e no dia 27 retorno para ter o retorno dela”.
Enquanto os pacientes aguardavam, médicos integrantes da ABM e da Sociedade de Pneumologia da Bahia fizeram palestras e orientaram as pessoas sobre os efeitos do tabagismo, importância da prevenção da asma, do exame de espirometria, prevenção das doenças respiratórias e da descoberta precoce dessas doenças. Eles mostraram ilustrações dos pulmões doentes e saudáveis, além de vídeos, e distribuíram folhetos.
Participaram pessoas que apresentam sintomas como tosses diárias; catarro todos os dias; que se cansam mais do que uma pessoa da sua idade; têm mais de 40 anos; são fumantes ou ex-fumantes; têm falta de ar, especialmente durante as atividades físicas; chiado no peito; aperto no peito; têm que limpar a garganta logo no início da manhã, devido ao excesso de muco nos pulmões; têm tosse crônica que produz expectoração (o muco pode ser claro, branco, amarelo ou esverdeado); têm lábios ou camas de unha azulados (cianose); infecções respiratórias freqüentes; falta de energia e perda de peso não intencional (em fases mais avançadas).
Dados - Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), a doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC) será a terceira principal causa de morte em 2020. Na Bahia, cerca de 420 mil pessoas já foram diagnosticadas com a DPOC, também conhecida como bronquite ou enfisema pulmonar. No Brasil, aproximadamente oito milhões de pessoas (15,8% da população brasileira acima de 40 anos) são portadores da doença, mas apenas 12% delas sabem. É a 5ª causa de morte e 4ª causa de internação hospitalar no País.
É comum as pessoas acharem que a DPOC é uma doença de pessoas idosas e, por isso, não se preocuparem com ela. Na verdade, a doença atinge principalmente pessoas com mais de 40 anos, podendo inclusive ser identificada em indivíduos mais jovens. O tabagismo é o principal fator de risco para DPOC, causando cerca de 85% dos casos da doença.
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