A segunda parte do Encontro com Candidatos a Cargos Eletivos, realizado na Associação Bahiana de Medicina no dia 13, vai ser realizada nesta quarta-feira, dia 27, a partir das 8h, no mesmo local. Parte do evento foi cancelada por conta do falecimento do então candidato à Presidência pelo PSB, Eduardo Campos. Estão confirmadas as presenças dos candidatos ao Governo Lídice da Mata (PSB) e Da Luz (PRTB), além dos postulantes ao Senado Otto Alencar (PSD) e Hamilton Assis (PSOL). Encerram o evento os candidatos à Câmara Federal e à Assembleia Legislativa, que são médicos. Todos eles receberam antecipadamente as propostas das entidades médicas, representadas pela ABM, Cremeb e Sindimed, para conhecerem as principais reivindicações para uma saúde pública de qualidade para a população.
Após a segunda etapa do evento, as entidades pretendem avaliar as respostas trazidas pelos candidatos e elaborar a Carta dos Médicos sobre a Saúde Pública do Estado da Bahia, que será divulgada para a sociedade. Para o Presidente da ABM, Dr. Antonio Carlos Vieira Lopes, o princípio fundamental da iniciativa é encarar os candidatos nos olhos, vê-los de perto, para que eles também possam sentir as angústias dos médicos. “Quando falam que a saúde pública está um caos e quem sente é o paciente, é importante saber que os médicos sentem tanto quanto. Nós queremos trabalhar, temos compromisso com a população, sabemos de nossas responsabilidades, desde o juramento que fizemos até o compromisso do atendimento à saúde. Os médicos querem fazer Saúde Pública de qualidade, mas são impedidos por falta de condições adequadas”.
Ele argumenta ainda que, quando não existe a maca para o paciente, o médico sofre juntamente, e precisa buscar onde colocá-lo. “Quando indicamos uma cirurgia que o paciente não pode fazer por falta de estrutura, sentimos muito, porque entendemos o quanto aquilo é necessário. E sabemos que pode resultar na morte do paciente. No sistema atual são sofredores povo e médicos”, completa.
Para Vieira Lopes, isso justifica a necessidade do fórum porque não há ninguém melhor para informar sobre política de saúde do que os médicos. “O gestor nem sempre vê o que está acontecendo nos ambulatórios e hospitais. O nosso povo está acostumado a sofrer e não imagina que tem direito a voz. Nós podemos contribuir”, conclui.
Na etapa anterior, os candidatos ao governo Marcos Mendes (PSOL), Renata Malett (PSTU) e Paulo Souto (DEM), nesta ordem, tiveram 20 minutos para expor suas propostas e mais 20 minutos para responder às questões feitas pelo público. Em seguida, os candidatos ao Senado Adson Gomes (PEN), Geddel Vieira Lima (PMDB) e Eliana Calmon (PSB) tiveram o mesmo tempo para explanar suas posições.
Leia roteiro de apresentações e propostas enviadas aos candidatos.