Os médicos da maternidade do Hospital Geral Roberto Santos (HGRS), reuniram-se em assembleia na sede do Sindimed, nesta terça-feira (11), para discutir sobre a falta de condições de trabalho que já vem de longa data.
Os profissionais relataram o déficit de plantonistas, o que tem levado a escalas de trabalho com dois e até mesmo um obstetra quando o correto são quatro. Entre os neonatologistas, ocorre problema similar. Destacaram também a falta de material e equipamentos como ultrassom e cardiotocografia nas 24h, algo indispensável para uma maternidade de alto risco, e a deficiência de estrutura da unidade, projetada há trinta anos, para atender uma demanda muito menor que a atual.
O médico João Paulo Rocha contou que a principal questão é a falta de médicos, o que deixa as equipes incompletas. "Dois médicos não conseguem dar conta do trabalho de quatro. Precisamos também de ultrassonografista de plantãoe que equipamentos sejam consertados". Ainda de acordo com o médico, uma reforma é essencial no hospital: " Pra se ter uma ideia existe apenas um sanitário para atender pacientes e acompanhantes, sendo que este foi improvisado e não cabe maca nem cadeira de rodas", explica.
Ele completa ainda que há uma exposição e risco maior tanto para pacienta quanto para médicos, principalmente pelo fato da Maternidade do Roberto Santos receber pacientes de maior complexidade.
Diante da gravidade da situação, o Sindimed solicitou uma audiência em caráter emergencial com o secretário de saúde. Além disso, o Ministério Público será notificado.
Ficou definida ainda, uma nova assembleia para segunda (17), às 19h, na sede do Sindimed, para dar encaminhamento na luta.