Os médicos da Sesab realizaram assembleia nessa quarta (04), para discutir o Plano de Cargos, Carreira e Vencimentos (PCCV) e o ponto eletrônico nas unidades da rede própria, em relação ao que se posicionaram no sentido de não bater ponto. As entidades médicas vão enviar ofício aos secretários da Saúde e da Administração explicando os diversos problemas que vem sendo enfrentados nessa nova modalidade de aferimento da presença. E até que se obtenha uma resposta do governo a orientação geral é que o ponto eletrônico deixe de ser registrado.
Ainda sobre a obrigatoriedade do ponto, será elaborado e encaminhado uma análise jurídica sobre isonomia do ponto com outras categorias do serviço público. A assembleia entendeu que é preciso discutir o porquê da obrigatoriedade do ponto para os médicos.
Após a deliberação sobre o ponto, o diretor do Sindimed, Luiz Américo Câmara, fez uma explanação sobre os diversos problemas e queixas assinaladas pelos médicos no processo de implementação do Plano de Cargos, Carreira e Vencimentos (PCCV). A exposição foi seguida de um debate em que diversas situações foram relatadas pelos presentes. Especialmente no que se refere a aposentados e pensionistas.
O Sindimed informou o andamento do diálogo que vem ocorrendo com o governo para garantir que o PCCV produza todos os efeitos negociados na fase de construção coletiva do plano. O sindicato, entretanto, não descartou a judicialização de casos em que o diálogo não assegure o direito dos médicos. Nesse sentido, o departamento jurídico do Sindimed está à disposição dos sesabeanos para analisar caso a caso as demandas.
Ataques à categoria
Após os pontos de pauta acima, a assembleia voltou a discutir os ataques que a categoria vem sofrendo por parte do governo, em especial do governo federal, através dos vetos à Lei do Ato Médico e ao Programa Mais Médicos.
A indignação da categoria precisa ser multiplicada em forma de esclarecimentos à população, através de notas publicadas em jornais de grande circulação, em todo o País, e também através das redes sociais. O discurso, sempre na defesa e valorização do SUS, deve objetivar a melhoria da qualidade do atendimento à população.
Durante a assembleia, as entidades médicas divulgaram e começaram a distribuir uma publicação em forma de cartilha intitulada “A verdade sobre o Mais Médicos”, assinada por todas as entidades representativas da categoria em âmbito nacional. A publicação está disponível na internet, no endereço http://bit.ly/1clw21h.