Representando a ABM, o médico e ex-vereador Jorge Jambeiro participou da votação dos vetos ao Ato Médico na terça-feira (20.08), em Brasília. Para ele, apesar da intensa mobilização da classe médica e estudantil do País (principalmente de Brasília, Goiânia e São Paulo), que mostrou aos deputados federais e senadores os prejuízos dos vetos para a saúde da população brasileira, é preciso reforçar a luta da categoria na Justiça.
Com base no resultado da votação, que manteve os vetos da presidente Dilma Rousseff ao Ato Médico, Jambeiro destaca ainda que se trata de uma luta partidária. Ele defende que é necessário que os médicos se aliem aos parlamentares que estão ao lado da saúde de qualidade para o povo brasileiro.
“Existem partidos que estão lá para obedecer o governo federal. Outro grupo é formado por emendalistas (ou seja, se as emendas são recebidas, eu voto). E há apenas um grupo que está ao lado da população. É com esse grupo que podemos contar”, avaliou.
Jambeiro trouxe a Salvador o projeto de lei sugerido pelos parlamentares, que altera a Lei do Ato Médico. O texto separa a Medicina em duas, propondo a mais especializada no atendimento privado e a menos especializada no atendimento aos pacientes do SUS. Como exemplo da proposta, caberia ao médico “a formulação do diagnóstico nosológico e respectiva prescrição terapêutica, ressalvados os diagnósticos e prescrições terapêuticas realizadas segundo protocolos e diretrizes clínicas do SUS”.