A disposição de luta dos médicos que trabalham no 5º Centro de Saúde Clementino Fraga foi decisiva para o resultado das negociações, que culminaram no atendimento às reivindicações apresentadas à Prefeitura e à Fundação José Silveira, gestora da unidade.
Diante das resposta positivas, os profissionais decidiram suspender a greve marcada para começar a partir desta terça, 6 de agosto, pondo fim ao impasse que havia se estabelecido até a última sexta (2), quando o posicionamento dos gestores estava inflexível. Foi necessária a decisão e o anúncio da greve par quebrar as resistências.
A valorização do trabalho médico foi o principal resultado. A partir já deste mês de agosto, a remuneração dos profissionais passa dos atuais R$ 3.400 para R$ 5.000, perfazendo, portanto um reajuste de aproximadamente 47,06%. Isso comprova a alta lucratividade obtida pelas empresas que intermediam mão de obra médica para o serviço público.
Ficou evidente que as intermediadoras tem capacidade de pagamento bem acima do que praticam no mercado, e embolsam uma fatia considerável do dinheiro que poderia ser pago diretamente aos médicos, melhorando assim a motivação e a atratividade do serviço público.
Além do ganho na remuneração, a negociação resultou ainda no compromisso dos gestores em promover uma reforma no 5º Centro, aumentando o número de consultórios, melhorando a área de descanso dos médicos do plantão e, ainda, contratando um segundo ortopedista e um terceiro clínico, o que vai melhorar bastante a capacidade de atendimento da emergência da unidade.
Também ficou estabelecido que os pediatras, a partir de agora, serão pagas quatro horas extras ao pediatra plantonista que fizer a prescrição nos finais de semana e feriados. Além disso, o Centro contará com um coordenador médico exclusivo, e será criado um Corpo Clínico na unidade.
Ao final da assembleia da segunda (5), os médicos decidiram pela filiação em massa ao Sindimed, e foram unânimes em apontar a decisiva participação da entidade para os resultados obtidos nesta campanha