Portando faixas e cartazes, mais de 2 mil pessoas, entre médicos, estudantes e profissionais da área de saúde realizaram, na tarde do dia 3.07, no Campo Grande, manifestação seguida de passeata pelas ruas do Centro da capital baiana em direção à Praça Castro Alves. A categoria médica se mobilizou em todo o País e alguns estados anunciaram paralisação dos serviços. Na Bahia, o protesto não prejudicou os atendimentos de urgência e emergência.
Acompanhados por um carro de som, os profissionais exigiam mudanças na rede de saúde pública, e se posicionaram contra a importação de médicos proposta pelo governo federal. Reivindicaram ainda melhores salários e condições de trabalho. Durante a passeata, foram distribuídos panfletos que esclareciam o que defende o projeto de lei que regulamenta a profissão do médico, também conhecido como “Ato Médico”.
Lideraram a manifestação o Presidente da ABM, Antonio Carlos Vieira Lopes, o representante da Bahia no Conselho Federal Medicina, Jesse Brandão, o Presidente do Cremeb, Abelardo Meneses, e o presidente do Sindimed, Francisco Magalhães. Os médicos também receberam o apoio da vereadora e integrante da Comissão de Saúde da Câmara Municipal, Fabíola Mansur. A passeata foi encerrada com discursos das lideranças e de outros manifestantes.
Manifestações ocorreram ainda no interior baiano. Em Feira de Santana, estudantes e médicos protestaram com jalecos brancos e narizes de palhaços. Em Vitória da Conquista, houve caminhada pelas ruas do Centro da cidade. O grupo reivindicou a regulamentação da situação dos médicos que trabalham na região. Em Itabuna, também houve protestos. Os estudantes querem que os médicos estrangeiros sejam submetidos ao Revalida.
Também durante os festejos do 2 de Julho, os médicos baianos saíram em passeata para protestar contra a privatização do SUS e a importação de médicos para o Brasil. Uma grande faixa registrando a greve da categoria em Salvador abriu a manifestação.