A campanha 2013 dos médicos pela Convenção Coletiva de Trabalho – nos hospitais particulares e nos filantrópicos -, teve sua primeira assembleia no dia 23 de maio. A reunião avaliou a pauta já encaminhada junto ao Sindhosba e ao Sindifiba, e fez acréscimos importantes, especialmente no que se refere a condições de trabalho, salário base e índice de reajuste salarial.
Uma das principais queixas dos médicos é referente às condições de trabalho. Os espaços de repouso, por exemplo, estão sucateados. Há relatos de quartos insalubres – com infiltração de umidade e mofo -, falta de camas e do mínimo de conforto para dar suporte aos exaustivos plantões. Os médicos querem ainda a definição da equipe mínima de emergência e plantão, conforme determinação do CFM e do Ministério da Saúde. E a publicação da escala de trabalho com 60 dias de antecedência. Os hospitais também não disponibilizam creches e ainda não estenderam a licença-maternidade para seis meses, como faculta a lei.
O índice de correção salarial reivindicado é de 10%, além disso, os médicos cobram o cumprimento da resolução do CFM em relação ao sobreaviso e a definição do salário base em R$3.200, para coibir casos de exploração relatados na assembleia em que médicos terceirizados tem salário fixado em R$900. Além disso, a categoria reivindica que a insalubridade (30%) seja calculada e paga sobre toda a remuneração, e que e estabeleça um adicional para plantões noturnos e aos finais de semana.
O Sindimed encaminhou ofícios aos sindicatos patronais para agendar as próximas reuniões de negociação. Como o Sindifiba, está marcada para a próxima quarta-feira, 29 de maio; e com o Sindhosba, a data ainda não foi fixada.