A Associação Médica Brasileira (AMB) indignada, mas não surpresa, lamenta, caso se concretize, a atitude do Governo Federal de criar a "Medicina dos Pobres".
Permitir que médicos, brasileiros ou não, formados fora do nosso País, especialmente em Cuba e Bolívia, venham trabalhar no Brasil sem que sejam testados seus conhecimentos, habilidades e atitudes é colocar a população em risco. Pior é dizer que esses irão para as cidades de mais difícil acesso, para as comunidades mais pobres. Que descalabro!
Ao invés de o Governo dar adequadas condições de trabalho, criar políticas de interiorização dos médicos, fomentar o acesso com qualidade, vai na contramão, com forte viés politiqueiro e eleitoreiro. Não nos surpreende a crescente piora na avaliação da saúde pública no Brasil pela população.
Que o Governo seja o responsável direto e acionado através dos meios jurídicos competentes, pelos erros, complicações e mortes de pessoas que ocorrerão em excessivo número, caso médicos incompetentes atendam nossa população.
A classe médica brasileira está convidada a cerrar fileiras, utilizando-se dos meios democráticos e legítimos para barrar essa atitude intempestiva e lesiva à saúde do nosso povo. Não nos curvaremos a mais esse absurdo que se avizinha, lutando de cabeça erguida, unidos e fortes.
O povo brasileiro merece respeito e a saúde é nosso bem maior!
Diretoria Executiva da Associação Médica Brasileira