A partir de 1º de maio, Dia do Trabalhador, os médicos reguladores baianos entram em greve por tempo indeterminado. A decisão foi tomada em assembleia realizada na segunda-feira (29), quando foi decidida a paralisação diante do não cumprimento pelo Estado do acordo acerca do ao pagamento do abono de plantão retroativo ao mês de julho do ano passado.
Os médicos reguladores têm uma jornada semanal de plantão de 24 horas e reivindicam o recebimento do abono, independentemente da distribuição da carga horária trabalhada. Ficou acertado na assembléia que, nos dias da greve, eles estarão na Central de Regulação, de acordo com a escala prevista, para atender às urgências e emergências e aos procedimentos de obstetrícia.
Os médicos também decidiram pelo movimento grevista para chamar a atenção contra as precárias condições de trabalho, devido a fatores como manutenção precária de higienização do espaço físico e estrutura material inadequada. Aspectos como a sobrecarga de trabalho, escassez na quantidade de reguladores para fazer frente à demanda e falta de procedimentos operacionais com clareza acerca dos perfis e contratos e a insuficiência no transporte de ambulâncias também integram o rol de motivos que levaram à greve.