"Um dos mais antigos hospitais em funcionamento e a referência nos tratamentos de doenças infecto-contagiosas na Bahia", assim resumiu a diretora do Hospital Couto Maia, Drª. Ceuci Nunes, sobre a importância do HCM para o estado. Na noite do dia 09/04 aconteceram às comemorações de 160 anos da unidade hospitalar, com a presença do presidente do Cremeb, Cons. José Abelardo de Meneses; do secretario estadual de saúde, Jorge Sola e demais autoridades.
No encontro foram apresentados dados de crescimento do trabalho do Couto Maia, comemorados pela atual gestão. "Nós tivemos nos últimos anos uma baixa nos índices de letalidade nas mortes por leptospirose, caímos de 15% em 2011 para 5% em 2012; aumentamos os leitos para portadores de AIDS, que era 8 em 2007 e saltou para 40 já este ano", informou Drª Ceuci. Ela ainda lembrou que a unidade passou a absorver os pacientes do Hospital Especializado Dom Rodrigo de Menezes, que foi desativado para no seu lugar ser construído o novo prédio do Instituto Couto Maia.
Para o presidente do Cremeb, o Couto Maia desempenha um papel importante na história do estado. "Os 160 anos da unidade traz uma história de referência a saúde da Bahia, principalmente na importância da assistência que é dada aos pacientes. A gestão atual tem desenvolvido um bom trabalho", pontuou o Cons. José Abelardo.
Histórico
Quando foi construído em 1853, o hospital Couto Maia serviu como unidade de isolamento Monte Serrat, cujo objetivo principal era atender pacientes acometidos por febre amarela. Segundo dados da Sesab, o bairro, na época, era um local desabitado, arborizado e com uma forte ventilação, considerado pelos especialistas como um ambiente propício para acolher, tratar e controlar as epidemias da época.
O hospital foi ícone nos tratamentos do cólera (1855), peste bubônica (1904), gripe espanhola (1918), varíola (1919) e febre tifóide (1924). Transformou-se em Couto Maia no ano de 1923, quando o governador Góes Calmon inaugurou o prédio onde está a instituição atualmente.