Médicas e médicos do Estado entram em greve a partir do próximo dia 20 de março. A decisão foi tomada em assembleia, no último dia 6, quando a categoria avaliou a proposta apresentada pelo governo para o Plano de Cargos, Carreira e Vencimentos (PCCV) específico da categoria.
Após apresentação detalhada de um estudo realizado pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), pela economista Ana Georgina Dias, os profissionais constataram que a proposta ficou muito abaixo das necessidades e expectativas da categoria e a indignação tomou conta de todos.
A proposta do governo está aquém de tudo que foi negociado com a comissão formada pela entidades médicas - ABM, Cremeb e Sindimed -, frustrando completamente o esforço feito nos últimos nove meses, após dezenas de reuniões com os representantes das secretarias de Saúde (Sesab) e Administração (Saeb).
A frustração causada pela proposta irrisória, entretanto, não arrefeceu os ânimos. Existe hoje uma grande disposição de luta frente ao descaso com que o governo trata os médicos baianos. Inicialmente a greve atingirá ambulatórios, enfermarias e procedimentos eletivos.
A assembleia reafirmou a luta por:
- PCCV digno, referenciado no piso salarial nacional, definido pela Fenam;
- Melhores condições de trabalho;
- Fim das terceirizações e todo tipo de contratação precária.
No próximo dia 19 de março, uma nova assembleia vai preparar a paralisação também nas emergências e avaliar qualquer avanço que possa ocorrer nas negociações.