As duas principais capitais da folia do Nordeste, Salvador (BA) e Recife (PE), serviram de palco para uma simulação de atendimento de urgência em eventos de massa. A iniciativa, apoiada pela Força Nacional do SUS (Sistema Único de Saúde), teve objetivo de testar a capacidade de planejamento, execução, resposta e avaliação das ações de saúde em situação de risco ou desastres. O exercício de simulação foi também um teste de salvamento para eventos como a Copa das Confederações, que acontece este ano, e a Copa do Mundo de 2014.
De acordo com o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, “as simulações antecipam situações e permitem o aprendizado, a organização e o aprimoramento. Não é preciso que tragédias aconteçam para que possamos aprender e nos prevenir”. O ministro enfatizou a importância da integração das equipes de resgate e atendimento. “O treinamento também é fundamental para integrar os serviços do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU 192), dos bombeiros, da polícia, do resgate aéreo e dos hospitais para que todos profissionais estejam preparados para atendimento em qualquer situação, especialmente nas próximas competições, como as Copas das Confederações e a do Mundo”, afirmou.
Na capital baiana, o teste simulado foi realizado no bairro de Ondina, com a participação de 60 profissionais de saúde. O cenário fictício foi o atendimento às vítimas atropeladas por um trio elétrico desgovernado. Os figurantes foram em sua maioria estudantes de medicina e foliões voluntários. Na simulação, enquanto a Polícia Militar (PM) cuidava da segurança das equipes e do isolamento da área, a Superintendência de Trânsito e Transporte de Salvador cuidava do acesso e das rotas de fuga. Já os profissionais do SAMU e bombeiros providenciaram o atendimento, a triagem e a classificação de risco das vítimas, além do encaminhamento a um dos 12 Postos Médicos Avançados montados especificamente para o Carnaval baiano. Conforme a gravidade do caso, o paciente era imediatamente levado ao hospital mais próximo.
O saldo foi positivo. No total, oito vítimas foram resgatadas e o tempo-resposta de atendimento de todo o processo foi de 18 a 30 minutos. Além disso, a atuação contou com apoio do Grupamento Aéreo da Polícia Militar. A vítima mais grave, que teve um membro amputado, foi removida de helicóptero ao hospital. O tempo total desde o início do atendimento até o hospital foi de 40 minutos.