Médicos de todo o País vão suspender novamente o atendimento a planos de saúde no dia 21 de setembro. Desta vez, serão afetados apenas os usuários das operadoras que se recusaram a negociar o reajuste dos honorários.
A categoria reivindica que o valor médio da consulta passe de R$ 30 para R$ 60 - em alguns Estados, como São Paulo, o valor considerado ideal é de R$ 80. Pede ainda que seja incluído no contrato com as operadoras um índice de reajuste anual.
"No dia 7 de abril (quando ocorreu a primeira paralisação), nossa intenção era fazer um alerta de que a situação estava insustentável. Queríamos iniciar a negociação. Agora vamos protestar contra as empresas que se recusaram a negociar", afirma Florisval Meinão, diretor da Associação Médica Brasileira (AMB).
A lista das empresas incluídas vai variar de acordo com o Estado e será divulgada uma semana antes do protesto. Casos de urgência e emergência não serão atingidos.
Rodízio. Em São Paulo, o atendimento será suspenso ao longo de setembro, em sistema de rodízio. Com a recente adesão dos dermatologistas, agora serão oito especialidades médicas a interromper as atividades - além dos anestesiologistas que acompanham as demais (mais informações nesta página).
Inicialmente, foram divulgadas 12 empresas incluídas na paralisação, mas o número deve diminuir. "Mais da metade delas nos procurou e ofereceu uma proposta que está sendo avaliada", conta Meinão. Os médicos devem decidir até hoje quais empresas farão parte do protesto.
Cronograma dos protestos em SP
Ginecologia: Entre 1 e 3 de setembro
Dermatologia: Entre 3 e 6 de setembro
Otorrinolaringologia: Entre 8 e 10 de setembro
Pediatria: Entre 14 e 16 de setembro
Cardiologia: Entre 16 e 19 de setembro
Ortopedia: Entre 19 e 20 de setembro
Pneumologia: Entre 21 e 23 de setembro
Cirurgia Plástica: Entre 28 e 30 de setembro